Abrir ListaFernão Cardim nasceu na década de 1540 em Viana do Alentejo, talvez em 1548. Era filho de Gaspar Clemente e sua mulher Inês Cardim. E irmão do Dr. Jorge Cardim Fróis, corregedor, provedor e desembargador em diferentes instâncias da administração régia; do Pe. Lourenço Cardim e do Pe. Diogo Fróis, religiosos da Companhia de Jesus; e do Dr. Manuel Cardim, cirurgião-mor do reino.
Iniciou o noviciado na Companhia de Jesus, em Évora, em 1566. Já era professo dos quatro votos e ministro do Colégio de Évora quando foi designado, em 1582, como companheiro do padre visitador Cristóvão de Gouveia, enviado para guiar a missão evangelizadora dos jesuítas no Brasil, onde chegou em 1583.
Foi reitor do Colégio da Bahia (1590-1593; 1607-1625) e do Colégio do Rio de Janeiro (1596-1598), procurador da Província do Brasil em Roma (1598-1601) e provincial do Brasil da Companhia de Jesus (1604-1609).
Quando regressava de Roma para o Brasil, em 1601, Fernão Cardim e os seus companheiros foram capturados na barra de Lisboa, por corsários ingleses, e levados para Inglaterra, onde aquele esteve preso durante ano e meio, na prisão de Gatehouse, em Londres.
As obras de Fernão Cardim, que se situam no primeiro plano das crônicas quinhentistas suscetíveis de servir à história da colonização do Brasil, são os tratados:
- “Do Clima e Terra do Brasil e de algumas cousas notáveis que se acham assim na terra como no mar”;
- “Do Princípio e Origem dos Índios do Brasil e de seus costumes, adoração e cerimoniais”;
- “Narrativa Epistolar de uma viagem e missão jesuítica pela Bahia, Ilhéus, Porto Seguro, Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro, S. Vicente (S. Paulo), etc. desde o anno de 1583 ao de 1590, indo por visitador o Padre Christovão de Gouvea”.
Fernão Cardim morreu no Brasil, na aldeia de Abrantes, nos subúrbios de Salvador, em 1625.
REFERÊNCIAS:
CARDIM, Fernão, Tratados da Terra e Gente do Brasil, transcrição, introdução e notas Ana Maria de Azevedo, Lisboa, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1997.
FERNANDES, Eunícia Barros, “Fernão Cardim: a epistolografia jesuítica e a construção do outro”, Tempo, Vol.14, n.º 27, 2009, s.p.
FERNANDES, Maria de Lurdes Correia, “Entre a família e a religião: a “vida” de João Cardim (1585-1615)”, Lusitânia Sacra, 2º serie, nº 5, 1993, pp. 93-120.
MAGALHÃES, Pablo Antonio Iglesias; PARAÍSO, Maria Hilda Baqueiro, “Cartas do Padre Fernão Cardim (1608-1618)”, Clio: Revista de Pesquisa Histórica, Vol. 27, nº 2, 2009, pp. 206-246.
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-77042009000200012&script=sci_arttext&tlng=pt
Iniciou o noviciado na Companhia de Jesus, em Évora, em 1566. Já era professo dos quatro votos e ministro do Colégio de Évora quando foi designado, em 1582, como companheiro do padre visitador Cristóvão de Gouveia, enviado para guiar a missão evangelizadora dos jesuítas no Brasil, onde chegou em 1583.
Foi reitor do Colégio da Bahia (1590-1593; 1607-1625) e do Colégio do Rio de Janeiro (1596-1598), procurador da Província do Brasil em Roma (1598-1601) e provincial do Brasil da Companhia de Jesus (1604-1609).
Quando regressava de Roma para o Brasil, em 1601, Fernão Cardim e os seus companheiros foram capturados na barra de Lisboa, por corsários ingleses, e levados para Inglaterra, onde aquele esteve preso durante ano e meio, na prisão de Gatehouse, em Londres.
As obras de Fernão Cardim, que se situam no primeiro plano das crônicas quinhentistas suscetíveis de servir à história da colonização do Brasil, são os tratados:
- “Do Clima e Terra do Brasil e de algumas cousas notáveis que se acham assim na terra como no mar”;
- “Do Princípio e Origem dos Índios do Brasil e de seus costumes, adoração e cerimoniais”;
- “Narrativa Epistolar de uma viagem e missão jesuítica pela Bahia, Ilhéus, Porto Seguro, Pernambuco, Espírito Santo, Rio de Janeiro, S. Vicente (S. Paulo), etc. desde o anno de 1583 ao de 1590, indo por visitador o Padre Christovão de Gouvea”.
Fernão Cardim morreu no Brasil, na aldeia de Abrantes, nos subúrbios de Salvador, em 1625.
REFERÊNCIAS:
CARDIM, Fernão, Tratados da Terra e Gente do Brasil, transcrição, introdução e notas Ana Maria de Azevedo, Lisboa, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses, 1997.
FERNANDES, Eunícia Barros, “Fernão Cardim: a epistolografia jesuítica e a construção do outro”, Tempo, Vol.14, n.º 27, 2009, s.p.
FERNANDES, Maria de Lurdes Correia, “Entre a família e a religião: a “vida” de João Cardim (1585-1615)”, Lusitânia Sacra, 2º serie, nº 5, 1993, pp. 93-120.
MAGALHÃES, Pablo Antonio Iglesias; PARAÍSO, Maria Hilda Baqueiro, “Cartas do Padre Fernão Cardim (1608-1618)”, Clio: Revista de Pesquisa Histórica, Vol. 27, nº 2, 2009, pp. 206-246.
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-77042009000200012&script=sci_arttext&tlng=pt
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