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Aguiar   Alcáçovas   Viana do Alentejo Geral

Autor: Fátima Farrica - 2021

Viana do Alentejo


Embora alguns autores tenham apontado uma suposta antiguidade “galo-celta” de Viana, Francisco Baião já demonstrou que a urbe nasceu no século XIII como uma vila nova, com uma geometria regular, claramente planeada. Tal não significa, todavia, que o território que constituiu o antigo concelho não tivesse conhecido povoamento mais antigo, não só de forma dispersa, como também em alguns núcleos urbanos de certa dimensão. 

De facto, tem sido localizado património megalítico (grandes pedras) que se estende, sobretudo, pela zona mais oriental da atual freguesia, sendo de referir um interessante conjunto de monumentos funerários neolíticos, constituído por antas ou “dólmenes”. Elementos que no sul de Portugal se situam cronologicamente até à primeira metade do V milénio a. C.. Existem também vestígios da exploração de uma mina de cobre, que datará dos finais da Idade do Cobre ou inícios da Idade do Bronze. Outros artefactos prolongam pela Idade do Ferro e pelo período romano a exploração desse minério, havendo ainda indícios de estar em atividade no período islâmico. Junto ao cabeço de São Vicente foram mesmo identificados vestígios de um povoado fortificado, que indiciam uma ocupação pré e proto-histórica do espaço. 

Há cerca de dois mil e duzentos anos, o Império Romano chegou à Península Ibérica. Da presença romana a estância que melhor se conhece é a que se situa nas imediações do Santuário de N. Sr.ª d’Aires. Aqui terá existido um “vicus” ou povoado de alguma dimensão, situado junto à via que ligava as cidades de Pax Julia (Beja) a Ebora Liberalitas Julia (Évora). Mas o nome deste povoado, cujos vestígios se dispersam por uma área que andará perto dos oito hectares, é desconhecido. 

Pelo testemunho que nos dão as aras funerárias da Sr.ª d’ Aires, Francisco Baião supõe que o povoado romano que ali existiu tenha sido habitado por uma comunidade descendente de gregos. Além disso, entre os objetos recolhidos naquele local destacar-se-ia uma pequena estatueta, reportada nos finais do século XVIII, como podendo ser de Marte. Deus da guerra no panteão romano, tinha em Ares o seu equivalente grego. Assim, é plausível que na origem do topónimo Aires esteja a existência, naquele local, de algum templo dedicado a Marte, mas como a população tinha raízes helénicas, designavam-no pelo seu nome primitivo, Ares. Hipótese ainda sustentada pelo facto de parte da propriedade onde os achados se encontram, que é hoje conhecida por “Herdade das Paredes”, se ter designado, no passado, por “Herdades dos Gregos”. A existência de vestígios da época Romana surge também um pouco por todo o território do antigo concelho de Viana.

A partir do século IV d.C. o Império Romano foi confrontado com as chamadas “invasões bárbaras”, de várias tribos de origem sobretudo germânica. Praticamente todo o território da Península Ibérica foi invadido por hordas sucessivas de povos: Alanos, Vândalos, Suevos e Visigodos. A instabilidade causada obrigou os seus habitantes, na época já habituados a viver em povoados de planície, sem quaisquer estruturas defensivas, a regressar aos antigos habitats castrejos, na segurança dos pontos altos. É provável que isto tenha acontecido no “vicus” da Sr.ª de Aires, com os seus habitantes, ou parte deles, a regressarem ao cabeço de São Vicente, que terá então conhecido um segundo período de ocupação, nos finais do século IV, inícios do século V d.C., conforme sugerem alguns achados que ali se fizeram.

Mas a cristianização do espaço ibérico, teve início logo no século II. E a partir do século IV, algumas "villæ" romanas transformam-se em basílicas cristãs.

Contudo, no ano de 711 os árabes invadiram a Península Ibérica. Alguns indícios, muito ténues, sugerem uma eventual continuidade da ocupação do povoado da Sr.ª de Aires após aquela data. Entre eles destacam-se algumas moedas ali recolhidas. Mas essas moedas não garantem a efetiva ocupação do sítio ao tempo da presença muçulmana na região, grosso modo entre 715 e 1217.

No ano de 715 a ocupação da Península Ibérica pelos muçulmanos estava terminada, com exceção da faixa asturiana, no norte, onde buscaram refúgio alguns chefes cristãos visigodos. A conquista cristã organizou-se rapidamente a partir daí.

Évora foi tomada pelas forças cristãs em 1165 com a liderança de Geraldo, o sem pavor. E todo o território daquele que viria a ser o futuro concelho de Viana do Alentejo, pertencia, nos inícios do século XII, ao território de jurisdição daquela cidade. 

Impôs-se então a necessidade de alimentar a população crescente, o que determinava o aumento da produção agrícola e, para isso, da mão de obra para trabalhar a terra e aí habitar. Além disso, o território povoado diminuía a probabilidade de sucesso de eventuais tentativas de recuperação islâmicas.

Uma das formas de apropriação das terras, deixadas ou não ao abandono pelos proprietários muçulmanos ou moçárabes (cristãos sob domínio muçulmano), era a sua ocupação pela força das armas, por indivíduos ou grupos de indivíduos, ou seja, através de “presúria”. 

Na parte meridional do território de Évora, a herdade de Foxem, encostada a uma pequena elevação, possuindo abundantes reservas de água e alguns solos de boa qualidade, tornava-se atrativa. A mais antiga referência que se conhece de Foxem data de 1257. O topónimo parece referir-se, então, apenas à serra. Para Francisco Baião este topónimo explica-se como a grafia latinizada de "Focem", palavra esta que, por sua vez, não é mais que a forma de exprimir em português o nome próprio árabe "Husayn". Tratar-se-á, pois, de um antropónimo que identificava uma grande propriedade ou herdade - que englobava a serra de Viana, ou pelo menos parte dela -, que teria pertencido a um indivíduo chamado Husayn/Focem.

Deste modo, um cavaleiro vilão de Évora, Pero Martins de Senso, apropriou-se dessa herdade em data que não é possível precisar, mas que andará por volta de 1223 ou um pouco mais tarde. Mas esse espaço acabou por ser retirado àquele e, a mando do rei D. Afonso III, foi entregue, pelo concelho de Évora, a D. Gil Martins de Riba de Vizela, em 1259. Este, que terá nascido, talvez, em 1210, tinha sido nomeado, por volta de 1253, para mordomo-mor, ou seja, ocupava o primeiro cargo civil da corte portuguesa, e recebeu também em 1259 a doação de Terena.

Em 1261, D. Gil Martins fez um acordo com o bispo de Évora, D. Martinho Peres, que estabelecia a repartição dos rendimentos das igrejas já existentes ou a fundar, tanto em Terena como em Foxem. Gil Martins teria o direito de escolha do pároco que depois o bispo teria de confirmar. Dos dízimos e mortuárias Gil Martins receberia um quarto; o bispo um outro quarto; e os restantes dois quartos, assim como as primícias, oblações e obvenções, ficavam para as obras e serviço das igrejas.

Neste documento Foxem é identificada já não como herdade ou herdamento, mas como vila. Mas há dúvidas quanto à já existência, ao tempo da sua entrega ao Riba de Vizela, de qualquer templo cristão que aquele teria reativado, tal como, mais concretamente, aconteceu em Terena.

Com Gil Martins como promotor do povoamento, a vila de Foxem terá então nascido, como uma vila nova, urbe planeada, de traçado geometrizado, novidade que teria sido trazida de França pelo próprio D. Afonso III.

Dada a proveniência de Gil Martins, “de Riba de Vizela”, podemos inferir que, pelo menos em parte, os (re)povoamentos do herdamento de Foxem e de Terena terão contado com gentes oriundas do norte de Portugal. E nessa época se terão desenhado os primeiros quarteirões, se construíram as primeiras habitações, e, se ainda não existia previamente um local de culto, se ergueu a primeira igreja e, em redor dela, se constituiu a necrópole.
À semelhança do que terá sucedido com o povoado pré-romano do cabeço de São Vicente, também o abandonado "vicus" da Senhora d' Aires terá sido desmantelado para reaproveitamento dos seus materiais nas estruturas da nova vila que então se ergueu.

Tal como existiram noutras localidades, Viana também teve uma comunidade de judeus. A sua presença remontará ao século XIII, tendo sido também utilizados no povoamento inicial da vila. Daqui decorrerá a presença das duas “estrelas de David” ou signos de Salomão, que se observam no brasão municipal. Outros elementos justificam-se pela pertença da vila ao Riba de Vizela, pois terão sido decalcados do seu próprio brasão: o leão e as cruzes que o ladeiam.

Após a morte de Gil Martins, em 1274 ou 1275, a vila pertenceu a seu filho, Martim Gil, que terá nascido por volta de 1235, e que faleceu em 1295. 
 Aquele foi substituído pelo seu filho, também ele de nome Martim Gil (1260?-1312), segundo Conde de Barcelos e senhor de Terena e de Foxem, entre 1295 e 1312.

Foi por alguns autores indicado que a primitiva igreja paroquial de Viana era a de Santo Aleixo, depois dedicada a S. João, no sítio da escola primária do mesmo nome, hoje Biblioteca Municipal. Todavia, Francisco Baião demonstrou que a primeira igreja paroquial de Santa Maria era aquela onde está hoje instalado o Posto de Turismo. Já existiria em 1312, uma vez que surge numa lista de igrejas de 1320-1321, fundação muito provável dos Riba de Vizela durante o período em que senhoriaram a vila.

Nos finais de 1312, com a morte do último Martim Gil sem filhos varões, o herdamento de Foxem e o seu emergente núcleo urbano, assim como Terena, regressassem à posse da Coroa.
 
O nome “Viana” terá surgido em data que não podemos fixar, mas já em 1313 assim era a vila designada. No entanto, o termo Foxem a ela continuou associado, apresentado variantes. Sabemos, por exemplo, que no brasão municipal (séculos XIV-XV?) talhado em pedra, que se encontra nos antigos paços do concelho da praça, o topónimo foi grafado na forma “Vianna de Foxem”; num antigo selo do concelho surge como “Viana de Fosin”; e num livro de posturas municipais, já de 1634, a vila é designada por “Viana de Fossin”.
 
Quanto ao significado da palavra "Viana" as opiniões têm divergido, mas Francisco Baião já apresentou uma explicação plausível. Acredita o autor ser esta uma palavra de etimologia totalmente latina, formada pela agregação das palavras "via" + "anas". A primeira designando "caminho". A segunda significando "pato". Nas suas rotas de migração aquelas aves procuram sempre percursos onde haja muita água. Também os homens do passado, nas suas viagens, tinham de seguir por caminhos onde existisse aquele recurso, indispensável ao seu provimento e, sobretudo, ao dos animais em que se faziam transportar ou que movimentavam em rebanhos. Daí que seguir a rota dos patos fosse a forma mais adequada de lhe garantir o acesso. Afirmou o autor que “muito mais do que “via anas”, o “caminho dos patos”, o topónimo Viana significará, de uma forma mais abrangente e poética, o “caminho para a água””.

É informação corrente, diversas vezes apontada, que, em 1313, a Viana teria recebido de D. Dinis um primeiro foral, segundo o modelo de Santarém. Todavia esse texto nunca foi localizado.

Também durante muito tempo foi disseminada a informação de que o castelo de Viana foi mandado construir por D. Dinis, em 1313. Todavia, na realidade, o que foi acordado, nesse ano, entre o rei e os oficiais da câmara de Viana, não foi a construção de um castelo, mas de uma cerca, ou seja, de um recinto amuralhado que incluísse no seu interior a vila. Porém, de acordo com as evidências arqueológicas e com testemunhos documentais, nem mesmo essa chegou a ser construída. De facto, o castelo é obra dos finais do século XV e princípios do século XVI. 

Em 1314, D. Dinis fez doação de Terena e de Viana ao seu filho primogénito, o futuro D. Afonso IV, com a condição deste as manter no património familiar. Ainda no mesmo ano, o príncipe endossou a doação paterna a sua mulher, D. Beatriz.

Um outro espaço religioso da vila, que remonta ao início do século XIV ou ainda ao final do XIII, é a atual igreja da invocação de Nossa Senhora da Graça, mas que, antes do século XVI, se denominava de Santa Maria, tal como a igreja paroquial. Tinha anexa uma albergaria, para acolher pobres e peregrinos, que passou a ser administrada pela confraria dos Homens Bons Ovelheiros, a partir de 1319.

O rei D. Afonso IV e a sua mulher, D. Beatriz, instituíram por testamentos, de 1345 e 1357, respetivamente, na Sé de Lisboa, as chamadas "Capelas de D. Afonso IV e da rainha D. Beatriz”. Instituir capela significava encomendar determinado número de missas por alma, para o pagamento das quais se vinculava determinado bem de onde houvesse rendimento. Estas capelas consistiam, assim, na encomenda de determinado número de missas, por alma dos monarcas, e outras obras pias, nomeadamente a existência de um hospital, instituições para as quais foram afetados rendimentos provenientes, entre outras terras, da vila de Viana. Deste modo, a partir deste momento e até ao século XIX, com alguns pequenos períodos de interregno, a localidade passou a estar anexa àquela instituição, cujo provedor, de nomeação régia, tinha poder sobre alguns aspetos da vida política e administrativa da localidade. Pelo menos, em 1466 o provedor já tinha o direito de fiscalizar as eleições dos oficiais camarários (que ocorria de 3 em3 anos) desde tempo antecedente; e há indicação de que essa mesma faculdade lhe tinha sido dada por D. Afonso V, em 1461. Todavia, no século XVII seria o corregedor régio a desempenhar essa função, embora ainda não tenha sido possível apurar porquê. E já antes de 1360 fora determinado que as apelações dos feitos cíveis fossem da primeira instância da vila para o provedor das capelas. Decisão ainda da rainha D. Beatriz, com a anuência do rei, reservando este para os seus magistrados as apelações dos feitos criminais.

Os interregnos que antes referimos correspondem aos períodos em que, nos séculos XIV e XV, a vila pertenceu, ao título nobiliárquico da família Meneses, condes de Viana do Alentejo; bem como a D. João de Bragança, que foi condestável do reino e marquês de Montemor. Nesses períodos a localidade saía da alçada das capelas de D. Afonso IV e de D. Beatriz – que em troca recebiam rendimentos de outras proveniências – mas para as quais voltava recorrentemente. 

Há referência documental, datada de 1408, à existência de gafos, o que indica que Viana terá tido uma gafaria, ou seja, um espaço dedicado aos leprosos. Como era hábito, dado o perigo iminente de contágio da lepra, as suas instalações deviam situar-se fora da vila. Talvez nas imediações da atual ermida de São Sebastião, na época local afastado do aglomerado urbano e ponto de cruzamento de caminhos, cujos frequentadores poderiam deixar alguma esmola. 

Em zona rural das imediações da vila há também notícia da existência de eremitérios, lugares isolados onde viviam os eremitas ou anacoretas, indivíduos que, por penitência, religiosidade, misantropia ou simples amor à natureza, viviam afastados do mundo. Existem registos dessa realidade em 1436, 1439, 1447 e 1450. Tal não significa que não tivessem existido em outros momentos, para os quais não há testemunho.

A informação documental que subsiste sobre os judeus de Viana é rara e dispersa, mas aqui permite situar judeus, com certeza, no século XV. Pelo menos entre 1441 e 1491, sendo que o seu rabi, eleito pela comunidade, tinha de ser também confirmado pelo provedor das capelas de D. Afonso IV, situação que não deixou de dar azo a demandas com o corregedor régio nos meados do século XV. A sua antiga presença é testemunhada por dois topónimos atuais: o Adro dos Judeus e a rua do Adro dos Judeus.

Em 1481-1482, devido à peste que grassou em Évora, D. João II aqui fez reunir as cortes, que se tinham iniciado naquela cidade. Viana tinha assento nas reuniões de cortes, sendo que apenas as localidades de maior proeminência aí podiam enviar os seus representantes, o que significava um acesso próximo à pessoa do rei. Na primeira representação gráfica da organização espacial de uma sala de reunião de cortes, hoje conhecida – precisamente daquelas de 1481-1482 – o nome de Viana já consta, embora não saibamos qual era o seu lugar de assento.

Ao longo da Idade Média o concelho de Viana recebeu uma série de privilégios régios, que o distinguiam de outros concelhos, e que foram sendo sucessivamente confirmados, até ao século XVIII. Pelo menos, alguns deles. Tratavam-se de isenções da prestação de alguns serviços, de despesas e de perigos (na guerra), concedidos aos moradores; bem como a possibilidade dos oficiais da câmara poderem exercer determinados cargos que, em outras terras, estavam reservados aos representantes régios ou senhoriais. 

Ainda não foi possível investigar como é que a jurisdição sobre a vila foi gerida a partir do século XVI, numa possível partilha ou intermitência de poderes: da Coroa e/ou das capelas de D. Afonso IV e de alguns senhores, nomeadamente da família Meneses. 

No reinado de D. Manuel I (1495-1521) a vila conheceu alterações administrativas e uma série de novas construções. 

Em 1516, as antigas seis comarcas medievais foram subdivididas em catorze. A comarca de Entre Tejo e Odiana ficou então dividida em duas: Évora e Beja. Viana passou, assim, a pertencer à comarca de Évora.

Naquele mesmo ano um novo foral foi atribuído à vila, por aquele mesmo rei, e a Santa Casa da Misericórdia foi fundada. O seu compromisso, o texto que a regulamentava, foi confirmado mais tarde, em 1525.

Nos inícios do século XVI foi construída a nova igreja Matriz que viria substituir a primitiva e pequena igreja paroquial. A sua autoria é atribuída a Diogo de Arruda, arquiteto régio, a partir de 1521. O edifício, que se integra na corrente arquitetónica do gótico, evidencia elevada expressão do estilo decorativo designado por Manuelino, sobretudo no portal, considerado um dos mais preciosos exemplares deste estilo no sul do país. Em 1534 a nova igreja ainda era designada por Santa Maria, sendo a invocação de Nossa Senhora da Anunciação conferida mais tarde, em momento desconhecido.

Pela mesma altura foi construída a igreja da Misericórdia, que será obra do mesmo mestre. Também possui ainda elementos estruturais góticos e um portal Manuelino, embora o seu revestimento azulejar interno seja mais tardio, já do século XVII.

Como aconteceu noutras localidades, em que as diversas casas de assistência foram integradas nas misericórdias, a albergaria medieval – também designada de hospital (para doentes pobres) – foi extinta e anexada à Santa Casa, em dada desconhecida, passando esta última instituição a gerir os bens daquela. Uma nova invocação da sua igreja anexa, de Nossa Senhora da Graça, surge registada em 1534. 

Com a primitiva igreja paroquial desafetada do culto, a câmara municipal terá depois funcionado nesse mesmo espaço. Algures nas instalações do concelho terá estado o brasão municipal, em pedra, que, datado do século XV ou até de momento anterior, é um dos mais antigos do país; e que seria, depois, deslocalizado para os paços do concelho na praça, no final do século XVII. 

Relativamente ao castelo, podemos situar cronologicamente a sua construção entre 1478 (data do documento onde se expressa a intenção de o fazer) e 1534 (data de dois documentos onde o castelo já é referido). Portanto, na altura em que a nova igreja Matriz e a igreja da Misericórdia foram construídas, o perímetro amuralhado do que é hoje conhecido por castelo de Viana terá sido erguido, englobando no seu interior a primeira igreja paroquial, que terá passado a ser usada como sede da câmara municipal; a nova igreja Matriz; a sede da misericórdia e a sua igreja; e o cemitério. O espaço tornou-se, assim, um centro administrativo e religioso e, ao contrário do que já foi afirmado no passado, nunca teve funções militares. 

Também o pelourinho de Viana, construído em pedra mármore, e reaproveitando uma antiga coluna romana, deverá, talvez, ser proveniente da altura em que D. Manuel I atribuiu à vila o foral de Leitura Nova. Todavia, tendo sido desmontado, talvez no século XIX, desconhece-se o local original onde se encontrava, supondo-se que terá estado algures na zona do castelo e/ou da praça, uma vez que estes foram os dois locais onde funcionaram as instalações camarárias até ao século XX.

Do século XVI era a igreja de Santo Aleixo, posteriormente de São João, que no século XX seria substituída pela antiga escola primária de São João. Do período quinhentista pode ainda sobrevir a igreja do Espírito Santo, atual capela mortuária.

Na envolvente rural, existiam, já no século XVI, a ermida de São Pedro e a primitiva ermida de Nossa Senhora de Aires, hoje desaparecida, antecessora do santuário atual. Essa igreja primitiva – que, eventualmente, podia ser anterior ao século XVI – de acordo com a tradição foi fundada pelo célebre lavrador Martim Vaqueiro, figura até agora apenas lendária, uma vez que não se conhece qualquer registo que prove a sua existência.
 
A alguns metros do santuário de Nossa Senhora de Aires, nas imediações do local onde mais tarde seria contruída a ermida do Senhor Jesus do Cruzeiro, encontrava-se, naquela época, um cruzeiro em pedra mármore. Segundo Túlio Espanca, terá sido transferido para o recinto do castelo já no século XIX e é aquele que hoje ali se pode observar.

O século XVI conheceu ainda a fundação, na periferia da vila, das duas casas de vida religiosa regular que Viana teve: o convento de Nossa Senhora da Piedade ou de São Francisco e o mosteiro do Bom Jesus. O primeiro, com origem num beatério, supostamente fundado em 1528, e que se tornou da Ordem Terceira de São Francisco.  O segundo, começou por ser um recolhimento que deu origem a um mosteiro da invocação de Jesus, situado nas imediações do Poço Novo, cuja fundação decorreu, por iniciativa de D. Brites Dias Rodovalho, entre 1548 e 1553. Todavia, foi mais tarde transferido para o rossio das hortas da fonte Coberta, em 1560. Foi o único em Portugal do ramo feminino da Ordem de São Jerónimo.
Em 1580, era dentro do castelo que se encontravam os paços do concelho.

Uma vez que, em 1496, o rei D. Manuel I promulgou um decreto de expulsão dos judeus do reino poder-se-ia supor que os judeus de Viana tivessem partido. Contudo, havia uma alternativa à expulsão que era a conversão ao Cristianismo, circunstância pela qual muitos judeus portugueses optaram, tendo passado a ser conhecidos por “cristãos-novos”. Os judeus de Viana ter-se-ão, portanto, convertido, ou fizeram crer que se tinham convertido, e permaneceram na vila, encontrando-se referência aos mesmos para os séculos XVI e XVII. Ter-se-ão, depois, ao longo de gerações, fundido com a maioria cristã. Porém, a vida destes novos cristãos, olhados com desconfiança pelos “cristãos-velhos”, não foi fácil a partir da implantação da Inquisição, ou Tribunal do Santo Ofício, em Portugal, em 1536. Os judeus eram um grupo especialmente visado pelo Tribunal, sendo frequentemente acusados de, na prática, continuarem a praticar o Judaísmo, o que era proibido. Em última instância, acusação dessa natureza podia conduzir à morte. Dessa perseguição nos dão conta os processos judiciais do Tribunal da Inquisição de Évora que ainda existem, referentes a “cristãos-novos” de Viana.  

No passado, o abastecimento de água, até a chegada de um sistema de distribuição doméstico – o que em Viana só aconteceu na segunda metade do século XX – era feito nas fontes e nos poços da vila, sendo a abundância deste recurso marca distintiva da localidade. Fator que promoveu a horticultura, havendo notícias, ao longo dos séculos, da qualidade das suas hortaliças. Em documento de 1313 já se referia a fonte Grande, hoje conhecida como fonte da Praça. A fonte Coberta remonta ainda ao século XV e sobre as suas bicas subsiste um escudo de armas, em mármore, do tempo de D. Manuel I. Esta fonte foi deslocada da sua implantação original, mais a sul, para o Rossio, onde hoje se localiza, e terá sido, talvez, nessa transferência que perdeu a sua cobertura original. No século XVI são documentalmente mencionadas as fontes: dos Escudeiros, a poente da vila, em local que corresponde ao entroncamento entre as atuais ruas do Progresso e de São Pedro; e a fonte da Praça, atrás referida, que na época teria uma orientação diferente e que também teve um escudo de armas, hoje mutilado. Nas imediações rurais, mais ou menos distantes da vila, há registo, dessa época, da fonte de D. Gregório, da fonte Seca, da fonte de Cortes e da fonte Figueira. Da primeira desconhece-se a localização, mas todas as outras correspondem a topónimos atuais. A última é citada no foral manuelino uma vez que, pelo uso das suas águas, que corriam para uma terra das capelas de D. Afonso IV, se pagava direito real, o que não acontecia de qualquer outra fonte cujas águas eram isentas. 

Do século XVII provêm as igrejas de S. Sebastião, hoje capela mortuária; de São Vicente, em ruínas; e de Santo André, no interior do cemitério. 

Também no século XVII, a partir de 1683, foi construído um novo edifício na praça para a instalação dos paços do concelho, o que deverá ter acontecido por volta de 1700. Na sequência dessa transferência do poder local para um outro espaço também o antigo brasão municipal terá sido mudado para a nova construção, como já referimos. 

A partir de 1683 Viana passou a ter sempre juízes de fora a presidir a câmara, sendo o primeiro deles o Dr. Manuel Pereira Peres. Embora já em momento anterior, nomeadamente em 1528, se tenha localizado aqui um outro juiz de fora (Licenciado Diogo Barbosa) essa deverá ter sido apenas uma situação pontual. 

Relativamente às reuniões de cortes, sabemos que, no século XVII, em 18 bancos colocados em fila, desde a “cadeira de sua majestade”, no topo da sala, até à porta, Viana tinha assento no 17º banco, do lado esquerdo da sala. 

No século XVIII, no interior do castelo, se terá instalado a capela de Santo António, embora em espaço que provém do século XVI e que originalmente deve ter tido outra função.

Também no interior do castelo, e igualmente no período setecentista, se constituiu a capela de Nossa Senhora da Assunção, atual centro interpretativo do castelo. 

O antigo santuário de Nossa Senhora de Aires, local de peregrinação dos povos do Alentejo, e cuja dimensão já não daria resposta às necessidades crescentes de espaço, foi substituído pelo edifício hoje existente, cuja construção se iniciou em 1743 e se prolongou até à década de 90 do século XVIII.

Nas suas imediações, e na mesma época, no local onde existia um antigo cruzeiro em pedra do século XVI, se ergueu também uma pequena ermida, dedicada a Cristo crucificado, conhecida por Senhor Jesus do Cruzeiro. 

Depois de o nome da vila ter sido registado com diversas variantes ao longo dos séculos, terá sido nos meados do século XVIII que o topónimo de “Viana do Alentejo” se fixou.

Na sequência da implantação do Liberalismo em Portugal, em 1820, foi decretada a extinção das ordens religiosas e a nacionalização dos seus bens. Tal facto determinou o encerramento do convento de S. Francisco. Já no que tocava ao mosteiro do Bom Jesus, como este era um mosteiro feminino, não foi encerrado compulsivamente, esperando-se que ocorresse a morte da última religiosa para se poder fazer a sua venda em hasta pública.
O concelho de Viana do Alentejo compreende hoje três freguesias: Alcáçovas, Aguiar e Viana do Alentejo. Mas as três localidades eram antigos concelhos autónomos até à reforma administrativa de Mouzinho da Silveira, ocorrida em 1836, que extinguiu os dois primeiros e anexou Alcáçovas e Aguiar, como freguesias, ao concelho de Viana.

Em 1839 foi fundada a Sociedade Vianense, hoje uma das coletividades mais antigas existentes no país, na qual se construiu um pequeno teatro em 1843.

Durante a guerra civil da Patuleia – entre os Cartistas, que representavam a rainha, e os revoltosos Setembristas/Miguelistas – houve um combate nas imediações de Viana do Alentejo (localidade que se manteve fiel à rainha) em outubro de 1846, na zona do ferragial d’El Rey. Este confronto, tal como a própria guerra, terminaram com a vitória dos Cartistas.

O médico António José de Sousa criou, em 1859, com o apoio da mulher, Maria José de Sousa, o Asilo Provisório da Infância Desvalida. Destinado a recolher e alimentar crianças pobres com idades entre um ano e meio e quatro anos, durante os períodos em que as mães estivessem a trabalhar, acolhia também crianças órfãs. Foi uma das primeiras creches estabelecidas em Portugal. O funcionamento daquele asilo foi consolidado com a constituição da Associação de Caridade, em 1866, dirigida por Maria José de Sousa e, após a morte desta, pela filha, Francisca Deodata de Sousa. Estas entidades estavam sedeadas no antigo convento de São Francisco.

Em 1871 foi construído o novo cemitério de Viana, na envolvência da ermida de Santo André, cuja localização se deve também ao médico António José de Sousa. E em 1889 um cruzeiro que estava nas imediações da ermida de S. Sebastião foi transferido para o espaço que fica defronte daquele espaço sepulcral, onde hoje ainda se encontra.

O século XIX foi marcado por duas personalidades que agiram em diferentes frentes, mas seguindo o mesmo princípio: contribuir para o bem comum. Foram eles o Pe. Luís António da Cruz (n. 1777-f.1848) e o agrónomo e médico veterinário António Isidoro de Sousa (n.1843- f.1914).
 
O primeiro determinou, por testamento, destinar o seu grandioso património para a manutenção de uma capela de missa quotidiana, de um hospício, de uma escola e de um montepio. Promoveu, assim, a constituição do que se designou, depois da morte do testador, por Instituto de Piedade e Beneficência, que socorria os pobres e os doentes e promovia a instrução das crianças. Determinou também a construção de uma capela adossada à Matriz, dedicada ao Santíssimo Sacramento, inaugurada em 1851.Na sua antiga casa de morada se encontra a capela de Nossa Senhora da Conceição, obra do século XIX.

O segundo criou a “União Vinícola e Oleícola do Sul”, em 1892, que foi um dos projetos mais arrojados da sociedade alentejana do tempo e a primeira cooperativa agrícola portuguesa. Deve-se ao mesmo a criação, em 1893, no âmbito de atuação da União, da Escola Industrial Médico Sousa.

Desencadeou o parcelamento de grandes herdades, favorecendo o acesso à terra às classes mais desfavorecidas; e encabeçou o movimento que se bateu pela restauração da independência do concelho, perdida para Évora em 1895 e recuperada a 13 de janeiro de 1898.  Promoveu depois um programa de melhoramento das infraestruturas de abastecimento de água à vila, do qual faziam parte a fonte da Cruz, o chafariz da Praça da Palha e a fonte das Freiras.
 
Em 1902 foi encerrado o mosteiro do bom Jesus e os seus bens vendidos em hasta pública.

Por vontade testamentária de D. Inês Maria Bule, foi inaugurado em 1914 um asilo para cegas designado Asilo Jesus Maria José. Este asilo operou sempre sob administração da Santa Casa da Misericórdia, de acordo com a vontade da instituidora. Não sabemos quando foi extinto, mas é provável que tenha sido na década de cinquenta.
 
Nos princípios do século XX na Sociedade Vianense existia um cineteatro.

Em 1911 foi fundada a Caixa de Crédito Agrícola de Viana.

No local da antiga ermida de São João, já em ruínas, construiu-se em 1912 a antiga escola primária de São João. Esta viria a receber, já no século XXI os serviços da Biblioteca Municipal.

No Corpo Expedicionário Português que em 1917 foi enviado para I Guerra Mundial (1914-1918), foram integrados soldados oriundos de Viana do Alentejo.

No final da guerra, ainda no ano de 1918, Viana também foi atingida pela pneumónica ou gripe espanhola, momento dramático e marcante pelas vidas que a morte ceifou.

Em 1929 foi fundado o jornal “O Transtagano”. Periódico local que existiria até à década de cinquenta do século XX e cuja publicação seria retomada, depois, de forma intermitente, até que o título deixasse de ser publicado na década de noventa.

Em homenagem a António Isidoro de Sousa foi inaugurado, em 1940, um busto na praça da República.

No edifício do antigo convento de São Francisco passou a funcionar, a partir da década de quarenta do século XX, o Centro de Assistência Infantil Imaculado Coração de Maria, dirigido pelas Irmãs Escravas da Santíssima Eucaristia e da Mãe de Deus.

A capela do Santíssimo Sacramento, que tinha sido mandada construir pelo Pe. Luís António da Cruz, terá sido demolida, por volta de 1942.

Sucedâneo do cineteatro que existiu na Sociedade Vianense, o Cineteatro Vianense, hoje em funcionamento, foi mandado construir por Jesuíno António Simões e inaugurado em 1949.

Já na década de 1970, a câmara municipal foi transferida da sua antiga localização, na praça, para um edifício de maiores dimensões na rua Brito Camacho.

Em 1979, o Instituto de Piedade e Beneficência foi extinto e os seus bens foram integrados na Santa Casa da Misericórdia. 

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