Abrir ListaIgreja do século XVIII, edificada com esmolas da população e promovida pela irmandade do Senhor Jesus das Chagas, confraria que já existia em 1733.
A rede de misericórdias que se espalhou pelo território português no reinado de D. Manuel I e nos seguintes não atingiu Aguiar. Tal facto coaduna-se com a circunstância de ser esta uma localidade com poucos moradores e de estar perto de outras terras que tinham misericórdias, tal como Viana do Alentejo e Alcáçovas. Mas já para o século XVIII, o Pe. Luiz Cardoso afirmou que, em 1732, o povo da vila intentava fazer Misericórdia, na igreja das Chagas, e que, para esse efeito, procurava o apoio régio. Indica, inclusive, que já havia rendimento para esse fim, que alguns moradores da vila lhe tinham deixado, e que se trabalhava com zelo no seu culto, ou seja, no culto de Nossa Senhora da Misericórdia. Desse intento subsistem, aliás, na igreja do Senhor Jesus das Chagas, duas bandeiras processionais, pintadas a óleo sobre tela, com as representações de Nossa Senhora da Misericórdia e de Nossa Senhora da Piedade, datadas de 1733 e de 1734.
A ermida apresenta dois portais, esculpidos em mármore branco, o principal e um lateral a poente.
A frontaria, ladeada pela torre sineira a nascente, apresenta óculo de iluminação e frontão triangular, encimado por volutas com enrolamento e pináculos que se prolongam pela cabeceira e lanterneta do edifício.
No interior, a igreja apresenta nártex, uma única nave, coro com grade de madeira, capela-mor e sacristia.
A nave, com planta retangular, tem abóbada de meio canhão. Nela está o púlpito e um altar, do lado da Epístola, e um outro altar, do lado do Evangelho.
Antecedendo a capela-mor, existe arco de volta perfeita.
A capela-mor, com cobertura em cúpula, assente em trompas, está completamente decorada por pinturas murais de duas campanhas diferentes, uma do século XVII e outra de inícios do século XIX.
O altar-mor, de alguma fundura e onde se encontra um oratório com a imagem de Nossa Senhora da Piedade, eleva-se sobre frontal de altar com vidraça onde se pode observar no interior o Senhor Morto.
Na sacristia tem destaque um lavabo de mármore, esculpido com arcanjo esvoante e frontão de cruz relevada, tendo no mesmo o cronograma de 1738.
REFERÊNCIAS:
ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Évora. Concelhos de Alandroal, Borba, Mourão, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Viana do Alentejo e Vila Viçosa, Lisboa, Academia Nacional de Belas Artes, Tomo IX, Vol. 1, 1978.
A rede de misericórdias que se espalhou pelo território português no reinado de D. Manuel I e nos seguintes não atingiu Aguiar. Tal facto coaduna-se com a circunstância de ser esta uma localidade com poucos moradores e de estar perto de outras terras que tinham misericórdias, tal como Viana do Alentejo e Alcáçovas. Mas já para o século XVIII, o Pe. Luiz Cardoso afirmou que, em 1732, o povo da vila intentava fazer Misericórdia, na igreja das Chagas, e que, para esse efeito, procurava o apoio régio. Indica, inclusive, que já havia rendimento para esse fim, que alguns moradores da vila lhe tinham deixado, e que se trabalhava com zelo no seu culto, ou seja, no culto de Nossa Senhora da Misericórdia. Desse intento subsistem, aliás, na igreja do Senhor Jesus das Chagas, duas bandeiras processionais, pintadas a óleo sobre tela, com as representações de Nossa Senhora da Misericórdia e de Nossa Senhora da Piedade, datadas de 1733 e de 1734.
A ermida apresenta dois portais, esculpidos em mármore branco, o principal e um lateral a poente.
A frontaria, ladeada pela torre sineira a nascente, apresenta óculo de iluminação e frontão triangular, encimado por volutas com enrolamento e pináculos que se prolongam pela cabeceira e lanterneta do edifício.
No interior, a igreja apresenta nártex, uma única nave, coro com grade de madeira, capela-mor e sacristia.
A nave, com planta retangular, tem abóbada de meio canhão. Nela está o púlpito e um altar, do lado da Epístola, e um outro altar, do lado do Evangelho.
Antecedendo a capela-mor, existe arco de volta perfeita.
A capela-mor, com cobertura em cúpula, assente em trompas, está completamente decorada por pinturas murais de duas campanhas diferentes, uma do século XVII e outra de inícios do século XIX.
O altar-mor, de alguma fundura e onde se encontra um oratório com a imagem de Nossa Senhora da Piedade, eleva-se sobre frontal de altar com vidraça onde se pode observar no interior o Senhor Morto.
Na sacristia tem destaque um lavabo de mármore, esculpido com arcanjo esvoante e frontão de cruz relevada, tendo no mesmo o cronograma de 1738.
REFERÊNCIAS:
ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Évora. Concelhos de Alandroal, Borba, Mourão, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Viana do Alentejo e Vila Viçosa, Lisboa, Academia Nacional de Belas Artes, Tomo IX, Vol. 1, 1978.
MUNICÍPIO DE VIANA DO ALENTEJO