Início património fonte da praça

Abrir Lista
Aguiar   Alcáçovas   Viana do Alentejo Geral

DATA
Séculos XIV-XVII

FOTOGRAFIA
Fonte da Praça
Joaquim Filipe Bacalas - 2017

TEXTO
Fátima Farrica - 2015

Fonte da Praça



Desconhece-se a data da sua construção, mas em 1313 já se refere a fonte Grande, que supomos que se trate da actualmente conhecida como fonte da Praça.
A partir de 1683 terá passado a estar embebida no novo edifício dos Paços do Concelho e da cadeia, construídos na praça a partir dessa data. Existem, no entanto, indícios de que poderá ter sido deslocada do seu lugar original, nas imediações daquele onde se encontra hoje, como forma de promover o ordenamento do espaço envolvente.
Devido ao seu entupimento frequente e ao desvio de águas que se perdiam sem utilidade, em 1694 foi reedificada pelo mestre do cano da Água da Prata (aqueduto) de Évora, Matias Ferreira.
Com nascente no quintal de uma casa do largo de São Luís a cuja água se juntava àquela que era oriunda da nascente do Poço Novo. Este situava-se, sensivelmente, no cruzamento da actual rua António Isidoro de Sousa com a actual rua Miguel Bombarda. 
A parte mais antiga, além da taça de recepção da água, e de três gárgulas de descarga, apresenta dois arcos geminados que assentam em colunas com capitéis coríntios e bases de decoração floral. Estruturas que foram construídas em mármore branco e se enquadram no estilo do Renascimento, de onde provém o facto de, por vezes, ser designada por fonte da Renascença. Na parte superior apresenta vestígios do que teria sido um brasão régio que se encontra mutilado. 
A curta distância, possui um anteparo, também de mármore, que terá sido reaproveitado de outra construção. Neste distinguem-se figuras em relevo tais como uma figura feminina que parece bailar, aves, cães-lobos, uma albarrada e outros motivos estilizados. 
Completam o conjunto estruturas cilíndrica em mármore que também serão oriundas de outra utilização inicial. 

Protecção: Monumento de Interesse Público / ZEP, Portaria n.º 504/2011, DR, 2.ª série, n.º 76, 18 Abril 2011. A ZEP é coincidente com a ZEP do Castelo e da Igreja Matriz.

REFERÊNCIAS
BAIÃO, Francisco, “Ciclo da Água”, Boletim Municipal do Município de Viana do Alentejo, nº67, Julho de 2010, pp. 21-22.
ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal: Distrito de Évora: Concelhos de Alandroal, Borba, Mourão, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Viana do Alentejo e Vila Viçosa, Lisboa, Academia Nacional de Belas-Artes, 1978,Tomo IX, Vol. 1.

     MUNICÍPIO DE VIANA DO ALENTEJO

Coordenação Científica: Fátima Farrica     ::     Todos os direitos reservados: Conhecer a História@2017