A estrutura situa-se numa zona de destaque no âmbito do Megalitismo, tendo como grande referência o Cromeleque dos Almendres (Évora), identificado na Carta Cartográfica de Portugal em 1964 pelo arqueólogo Henrique Pina. Do sul de Portugal terão emergido as primeiras construções deste tipo na Europa Ocidental e que datam de finais do VI milénio antes da nossa era.
Antas ou dólmenes são estruturas funerárias que surgiram no período do Neolítico. Pela análise da edificação existente podemos inferir que a anta de Aguiar se trata de um dólmen simples fechado, apresentando uma arquitetura de câmara poligonal composta por esteios verticais (a pedra de cabeceira seria a primeira a ser colocada e as restantes colocadas no seu seguimento) e por um esteio colocado sobre a câmara na horizontal, chamado de mesa, chapéu ou tampo. No caso da anta de Aguiar, este encontra-se ao lado da restante construção, resultado do seu abandono e possível saque.
Considerando a atual disposição da câmara, poder-se-á inclusivamente pensar que a fundação original não tenha acontecido no exato local onde se encontra, sendo esta uma hipótese mais difícil de comprovar. No mesmo campo das conjeturas, é possível equacionar que a estrutura tenha tido na sua composição original mais esteios, pelo que não nos é possível inferir sobre as suas reais dimensões.
Como forma de selar as estruturas, estas eram cobertas com terra das imediações, formando a chamada mamoa ou Tumulus. O intuito seria fazer uma alusão ao ventre da mulher, uma vez que a cultura material nos indica que as populações acreditavam no retorno à vida depois da morte, o chamado «mito do eterno retorno».