Situada no paramento Norte do recinto amuralhado do castelo, tem um alçado em comum com o coro-alto da igreja da Misericórdia. O seu acesso já se fez através da muralha, mas o último projecto de recuperação, conservação e valorização do castelo determinou a recuperação do acesso primitivo (que existiu até à década de setenta do século XX) através do espaço ajardinado que se ligou, por passadiço, ao vão de sacada situado na fachada Sul do edifício.
Segundo Espanca, foi inaugurada em 1700 no espaço superior dos antigos Paços do Concelho, provavelmente depois de aqueles terem sido tranferidos para a praça (após 1683). Todavia, na Corografia Portuguesa de Carvalho da Costa, publicada em 1708, não é citada, talvez por esquecimento do autor. No entanto, em 1758 é referida nas Memórias Paroquiais.
No interior tem uma única nave, com cobertura por abóbada de barrete de clérigo decorada por pintura mural, de autor desconhecido. Dela faz ainda parte um pequeno vestíbulo a Este. No exterior possui campanário de alvenaria com acrotérios triangulares.
Espanca crê que terá servido de capela mortuária a partir de 1840 e até 1871, altura em que o cemitério, que se localizada ao lado, deixou de receber sepultamentos devido à construção do cemitério fora da vila.
Após desafectação do culto nela se instalou a Junta de Freguesia.
Durante séculos deu o nome à rua que parte da porta Norte do castelo, no sentido de Évora, que se chamou rua da Assunção – depois de ter sido conhecida por rua Direita, e antes de receber o topónimo actual de Cândido do Reis.
Protecção: Incluída na Zona de Protecção do Castelo e da Igreja Matriz.
REFERÊNCIAS
ARQUIVO NACIONAL/TORRE DO TOMBO, Memórias Paroquiais, Vol. 39, nº 150, pp. 891-910. Disponível on-line em portugal1758.di.uevora.pt.
COSTA, António Carvalho da, Corografia portugueza, e descripçam topografica do famoso reyno de Portugal…. Lisboa, Na Officina de Valentim da Costa Deslandes, 1707, tomo II.
ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal: Distrito de Évora: Concelhos de Alandroal, Borba, Mourão, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Viana do Alentejo e Vila Viçosa, Lisboa, Academia Nacional de Belas-Artes, 1978,Tomo IX, Vol. 1.
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