O lavrador e cavaleiro professo da Ordem de Cristo, Manuel Fragoso de Barros, comprou depois, em 1729, as casas nobres hoje conhecidas por palácio Fragoso-Barahona, jardins e cerca, a ermida de São Teotónio, cavalariças e cocheira e mais dez imóveis, pela importância de 3.000 cruzados.
A ermida, privada, é antecedida por nártex.
Por cima do pórtico eleva-se a torre sineira, que seria crescentada em 1832, para substituir um modesto campanário, e nela existe um nicho com a estátua do fundador, em mármore.
A nave, retangular, com abóbada de meio canhão, tem as paredes forradas de azulejos, de padrão, policromos. Enquanto a cornija e a abóbada e o tímpano da capela-mor apresentam pinturas murais.
A capela-mor tem planta quadrangular e cobertura de cúpula hemisférica, também completamente recoberta de pintura.
Existem também duas capelas laterais. Todas possuem retábulos de talha dourada e trabalhos de pintura que representam diferentes figuras sagradas.
Esta capela é profusamente decorada por elementos artísticos diversos, de talha, de pintura e de azulejaria, que datam da segunda metade do século XVII e do século XVIII e que apresentam elevada qualidade.
Existe ainda o coro, oitocentista, com serventia para o palácio, e uma sacristia com pia e lavabo de mármore.
REFERÊNCIAS:
ALCÂNTARA, Joaquim Pedro de, Breves Memórias da Villa das Alcáçovas, Évora, Minerva Eborense, 1890.
ESPANCA, Túlio, Inventário Artístico de Portugal. Distrito de Évora. Concelhos de Alandroal, Borba, Mourão, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Viana do Alentejo e Vila Viçosa, Lisboa, Academia Nacional de Belas Artes, Tomo IX, Vol. 1, 1978.